Na capa do Expresso da semana passada, nada de novo: há colégios privados que continuam a corromper o sistema e a vender médias elevadas para quem as pode e quer pagar.
Seja génio ou mandrião, qualquer filho ou filha de pais ricos pode corromper o sistema educativo e comprar as notas que pretende para o curso que quiser. É um modelo de negócio de décadas, e eu ainda sou do tempo em que alunos do meu liceu, na Trofa, iam para colégios no Porto “subir a média”.
Igualmente grave é a afirmação na primeira página do Expresso:
Ministério da Educação deixou de exigir as classificações atribuídas nas escolas privadas.
Portanto um governo (alegadamente) de esquerda, que alguns comediantes virtuais e outros palermas classificam de “estalinista”, não só não promove a igualdade entre alunos como privilegia o privado, deixando a corda solta para que o lucro norteie o processo educativo.
Os rankings das escolas são uma mentira. Uma ilusão que existe para inflacionar o valor dos tais colégios que percebem mais de viciação de resultados do que de pedagogia. Com conselhos de administração bem recheados de deputados e notáveis da central de negócios do costume. A educação para a corrupção começa cedo, neste país.
E depois ficamos muito admirados porque isto não anda para a frente. Sorte a nossa, temos a malta do RSI e os funcionários públicos, que são menos do que esmagadora maioria dos nossos parceiros europeus, para usar como bode expiatório. Que alívio!